Dormindo ao lado do perigo, como um inimigo silencioso, em que alguns casos, se tem sentimentos tão contraditórios que dá medo. Não há motivo para vergonha. O ser humano é imprevisível e nossos sentimentos também. O mais importante é saber quando o limite do respeito foi ultrapassado e poder gritar enquanto ainda há voz.
Foram o que fizeram essas mulheres que pela sua coragem inspiraram muitas outras. A violência estava dentro de quatro paredes e chegou em forma de agressão quando era esperado o amor.
A coragem ficou conhecida pelo seu próprio nome, a farmacêutica Maria da Penha que depois, em 7 de agosto de 2006 virou lei de proteção às mulheres.
Os nomes e os endereços mudam. Mas as histórias levam alguns aspectos em comum: agressão, medo, violência…
Bárbara Penna, de 23 anos, de Porto Alegre, contou sua trágica história. De um relacionamento romântico e apaixonado, se transformou em um homem violento que colocou fogo no apartamento, a jogou da janela do terceiro andar e matou seus filhos.
Ela quebrou muitos ossos, ficou na
e quase morreu por uma infecção generalizada. Hoje, está em outro relacionamento, com uma filha, mas as marcas internas e externas ficarão. O que a estimula é um trabalho de conscientização de outras mulheres.

Panmela Castro, 36 anos, grafiteira, carioca, tem uma história traumatizante também. Foi ensinada que casamento seria para sempre e só terminaria se apanhasse.
O marido a ameaçava com um aerossol e um isqueiro e banhos gelados e um certo dia, após deixar o pijama jogado na cama, ela foi espancada.
Hoje, utiliza o grafite com forma de expressão para as mulheres com a mensagem de que elas não precisam esperar apanhar para sair do casamento, mas podem sair quando quiserem.

Essas são apenas duas histórias de muitas outras de mulheres que sofreram e sofrem violência dentro de casa.
São 11 anos de lei e seis milhões de denúncias, o Brasil é o quinto país que mais mata. Vale lembrar que a violência não é apenas física, mas emocional, moral, sexual, psicológica e patrimonial.
Com a Lei Maria da Penha, a taxa de redução foi de 10%. Ainda assim, mais de 500 mulheres por hora sofrem violência dentro de casa.
Fonte: Uol
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