Reza a lenda que há milênios, o mundo era cuidado pelas mulheres e todos cultuavam uma Deusa feminina, símbolo da natureza, de Gaya, do sagrado feminino. A Deusa mãe foi a divindade reverenciada por anos, responsável por gerar, criar, nutrir e proteger todos os seres humanos.
Com a chegada das idades de bronze e ferro, o tempo foi passando e o mundo passou a ser cultuado por um Deus, masculino e a sociedade com cultura patriarcal. Começou então uma civilização baseada em lutas de forças e autoritarismo. A mãe tornou-se pai e a deusa aos poucos foi ignorada e esquecida.
Essa deusa é a mulher que existe em cada pessoa e quem se antenou para isso foi a britânica Miranda Gray, que em fevereiro de 2012 fez uma longe viagem espiritual e de experiência de cura e entendeu sobre as mulheres e as energias cíclicas e a sua própria natureza. Então ela começou esse ritual que tem se alastrado pelo resto do mundo.
O termo útero se refere ao centro de energia feminina localizado na parte baixa da barriga e o conceito de bênção é algo que deixa de ser “normal” para se tornar sagrado. A bênção do útero, então, é um caminho para resgatar a essência feminina de volta a um estado divino.
É uma forma de meditação, que acontece em cinco luas cheias do ano, período em que a energia está cheia como a mãe de todos. As mulheres tem profunda ligação da lua com seu corpo e seu emocional.
Ao percorrer alguns lugares do mundo, Miranda relata que cada mulher busca o ritual por um objetivo pessoal e também sentem diferentes resultados e sensações. No geral, buscam um sentido, um pertencimento e um resgate de valores. Miranda conta que ao percorrer alguns lugares do mundo, a bênção do útero teve muito mais respostas apaixonadas dos países latinos.
Fonte: Revista Crescer