Hoje em dia, o termo bipolar caiu na boca do povo. É só encontrar uma pessoa mais inconstante em suas opiniões e seu humor que surge o comentário: “
Fulano é bipolar”. Não é de hoje que termos médicos ou psicológicos ficam popular e por isso, podem correr o risco de serem banalizados de sua seriedade e importância.
Quem convive ou quem já viu alguém com esse transtorno sabe o quanto é delicado e complexo de lidar. Antigamente era chamado de psicose maníaco-depressiva. Psicose pela estrutura psicológica de quebra com a realidade e maníaco-depressiva porque o transtorno apresenta como sintomas principais a alternância de ciclos entre mania (euforia exagerada) seguidos de depressiva.
Esses ciclos causam forte impacto na vida da pessoa e dos que convivem, porque no período de mania, a pessoa sofre de insônia, compra ou consumo desenfreado, impulsividade e no período de depressão a pessoa perde a energia e motivação para qualquer simples ação ou comportamento. Isso vai afetando todas as áreas da vida da pessoa.
A doença acomete 8 em cada 100 pessoas em homens e mulheres e não é de fácil diagnóstico, pois pode ser muito confundida com transtornos de ansiedade propriamente,
TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), com depressão ou outros transtornos. O início pode acontecer desde a infância, mas a maioria até os 19 anos, com sintomas como irritação intensa e impulsividade e explosões afetivas.
Existem 2 tipos de Transtorno Bipolar. Entenda a diferença:
– alternância de períodos de mania (euforia) com humor extremamente elevado gerando impactos fortes podendo ser necessária hospitalização e seguido de ciclo de humor deprimido, com sentimentos de desmotivação, desvalia, falta de apetite, entre outros. O ciclo de mania pode durar dias ou semanas e depressão de semanas a meses.
– ocorrem ciclos de hipomania, com humor elevado e agressivo, mas mais leve e
– Transtorno Bipolar Tipo
II
– Períodos de hipomania, em que também ocorre estado de humor elevado e agressivo mas de forma mais suave. Um episódio de tipo hipomania, ao contrário da mania, não chega a ser suficientemente grave para causar prejuízo em atividades de trabalho ou vida social.
O tratamento inclui medicamentos como estabilizadores de humor e se necessário antidepressivos, antipsicóticos e em alguns casos, internação. Além disso, a psicoterapia é importante para a adesão ao tratamento e aumento de percepção de si, do transtorno e ampliação de consciência.
as informações acima são informativas e não substituem um diagnóstico a ser realizado por equipes de profissionais preparados.
Fonte: Pensamento Líquido
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